Faltava uma semana para a DPP, uma lua cheia chegando… algo dizia que aquela lua poderia influenciar. Antes de dormir arrumei a casa, fiz uma sopa e congelei alguns potinhos.
Acordei às 4:30 da manhã. Algo estranho, podia ser coincidência, mas uma mensagem da minha doula dizia que ela estava em um lugar sem sinal de celular, se precisasse falar com ela poderia ligar na recepção e chamar no quarto que ela estava hospedada – Acho que ela também sentiu que poderia ser naquela noite. E foi.
Comecei a sentir as dores, e elas foram aumentando. Mas a Leyla me explicou que poderiam acontecer contrações de “treinamento”. Acreditei que era só isso. Por volta das 6:00 liguei para ela. Expliquei tudo que estava sentindo, todas as idas ao banheiro, as dores. As 9:15 da manhã ela estava em casa comigo. E passamos um delicioso dia juntos. Um dia com muita dor. Mas como ela me dizia, “essas dores abriam o caminho para minha menina passar”.
O dia estava lindo para conhecer minha pequena Alice. Pensei em desistir, chorei, pedi para ir logo para o hospital e acabar com aquela dor. A Leyla e meu marido me ajudaram a resistir. A Dra Priscila ao telefone acompanhando tudo. Segurei as pontas e senti uma alegria imensa e relaxei quando finalmente elas me disseram que era hora de ir para o hospital, as 15:30.
Só queria chegar na sala de parto e ter a tão sonhada banheira, queria relaxar. Papéis pra internação, Dra Priscila já comigo monitorando, quase 1h se passou. Pedi pelo amor de Deus pelo nosso quarto, meu corpo me pedia para fazer força. Fiz muita no quarto, meu corpo me pedia para fazer força. Fiz muita força.
Sentamos no chão, perguntei se podia ter anestesia, se faltava muito. Queria a banheira. Todos riram, e me lembro da Pri me pedindo para sentir a minha menina. Chorei. Faltava muito pouco… Fiz muita força, a maior da vida… minha princesa chegou às 17:39. Olhei assustada e ouvi: pega, ela é sua! Ela me olhou, peguei e senti o maior amor que poderia ter sentido na vida!